Notificação favorita


Tem uma música sertaneja que diz algo sobre notificação preferida. No caso da música, aquela que antes era, hoje não é mais a preferida. Já foi... mas não é mais.
E há pouco me peguei refletindo. Há algumas semanas eu ouvi esta música enquanto estendia roupas no varal (pois a vizinha do fundo ouve muito sertanejo no último volume) e fiquei feliz.
Sim, fiquei feliz, pois pensei em você. Pensei em você como uma força do hábito e não como uma reação do sentimento romântico. 
Fiquei feliz, pois pensei em você e não senti tristeza, mas me identifiquei. Realmente, as suas mensagens não são mais as minhas notificações preferidas.
Na ocasião eu fiquei ainda mais feliz por me sentir livre, sem qualquer amarra sentimental... Eu não tinha nenhuma notificação que me fizesse perder o chão ou o ar.
No entanto, hoje eu me dei conta de algo novo. Algo que eu não esperava e algo que eu definitivamente não queria. Eu agora tenho uma nova notificação preferida. 
A cada momento que o celular acende a tela informando que uma mensagem chegou, o coração dá um pulo e falta o ar. Mas não... não é a dele... não... é do trabalho... é do curso...  é de outros garotos... e é até mesmo sua. Mas não é a dele.
Eu me distraio com outras conversas, pensando no que queria dizer à ele. Me distraio com novos estudos, composições, filmes, livros e músicas (e no fundo, apesar de negar a mim e aos outros, é tudo bagagem cultural para conversar com ele).
Porém o tempo não rende! Do mesmo modo que não passa, ao mesmo tempo é pouco!
Eu sigo aqui, com os novos hobbies, ações, atitudes e pensamentos. Mas no fim... no fim eu ainda espero... 
Repasso momentos na memória, releio conversas... 
No fim eu só queria um abraço.
Um abraço.
O dele.

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